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sábado, 16 de novembro de 2013

Hábito

Cata o hábito, beata, que a mata estraga com traças.
Teus joelhos machucados não serão mais amados.
Serão apenas usados assim.
As largas passadas amargas por você não ver por mim.
Você se aquietou, não pude ajudá-la.
Não enquanto voltas calada à cidade dos barulhos,
Onde somos todos mudos
por não mudar.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Finalidade

Qual é o fim da finalidade? Seria qual o amor pra amizade, contínuo, mas a parte, ou como ódio para inimizade, que faz do rival um alvo igual?
Talvez a vez de um e a do outro sejam qual seria um biscoito, que se quebra, mas mantem o gosto, pequeno, mas em si o mesmo, não diferente do olhar do vesgo ser qual o olhar de seu viznho.
Minto, há de ser diferente. Pois tudo é, gente, e se é pra gente, qual gente é: diferente.
Caimos na queda da infinitude, da eterna altitude onde a juventude se vai por cansaço. Onde a chuva é pelo mormaço mesmo antes de chegar onde nunca chegará, pois lá há humidade apenas, e as centenas de particulas de orvalho estão abaixo e as de chuva estão acima, na eterna vacina antes da doença, no eterno pensar antes de ter crença, numa eterna indiferença.
Pois esperar o fim é se deitar no mar e aguardar cair, sem ir ou vir na verdade. É ver pouca realidade, ao longe, acima, sentir o peso do que te sustenta e sua moleza, que está prestes a te ter pra dentro num último momento, só a esperar.
O que procuras no findar é dar fim. Seria mais fácil assim, mas assim não é. A cobra não tem pé ou rabo, no contínuo enlaço de oroboros. E é ouro de tolos pensar que teria. Assim não seria. Mas é. E qualquer que seja a maré deste barco sem ré, desse remar inútil, útil ele é, mesmo que não a ti. A mim talvez, e eis o porquê de duvidar até de quem diz.
Mas se quis ter motivos, isto não terás. E só assim terás paz.

sábado, 31 de agosto de 2013

Quimeras do Gueto


Castanhas castanhas
Que caem ao chão
Chegando chovidas
Enxugar então

Querendo queismos
quimeras do gueto
Gastamos gostando
As garras no beco

 E nunca iremos
Saber o que são
Os filhos que temos
Vivendo em vão

Vivemos apenas,
Vivem eles não.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pis Pasep


X
Comendo sanduíche em inglês

Bis
O chocolate eu repetirei

Tis
Ondas tão nasais sobre os seus As

Giz
Desenhos porosos sobre verde

Quis
Mas não cheguei a querer não ter paz

Fiz
Apenas o que sempre é feito

Pis
Pasep

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ataque Cardíaco


Papai papou o papá por pouco
Parou por pouco pensar, a par
Por palpitar de passar pelo
Porto, indo ao mar morto

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Lâmpadas Ecológicas


Oh Ô
Por que termina o pirilampô?
Por que faz esse atrito?
Por que não o ser infinito?

Seria por seu fim?
Seria tu juiz
Por fazer assim jus
à sua conta de luz

Ou por seu começo,
Que nunca esqueço
Ser quase diarréia?

Não tenho pra mim
Um motivo pro fim
Senão a nova estréia.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Mosca


E cá que no jó
Um amo 'scapa dentro da boca
Quase vô mi tê e
Ao lembrar sinto o gosto
No geento do que penso.

domingo, 30 de junho de 2013

Almas Penadas


Eternos ratos em rodas pequenas,
Trançando novenas em novelas imensas
Extensas, compensas, não pelo tamanho
Mas, pelo fazer ser ou não estranho.

Vá, pois, alma penada
Por mero acaso ainda encarnada
E cumpre o que te faz o que é

Todas iguais em seus finais
Longínquos em sua proximidade
Transpassam pela realidade
Em sua mais que mortal
Imortalidade

Mas serás sempre o que for ser
Pelo ser que queres surpreender